A Zona de Processamento e Exportação (ZPE) no Ceará deverá receber mais um empreendimento para produção de hidrogênio e oxigênio verdes. Nesta segunda-feira (7), o Governo do Ceará e a empresa Cactus Energia Verde assinaram o 15º memorando de entendimento com essa finalidade. A planta de produção da Cactus, com previsão de construção para início de 2023, terá capacidade para produzir 10.500 toneladas de hidrogênio e 5.250 toneladas de oxigênio verdes por mês. O investimento é de 5 bilhões de Euros.
A Cactus Energia Verde deve ser instalada na ZPE do Complexo Portuário do Pecém, em uma área de até 250 hectares, e deverá gerar 5.000 empregos diretos durante sua construção e manutenção e 600 postos de trabalho em sua fase de operação. “Essa tem sido uma grande estratégia que o Ceará tem partido na frente. O maior objetivo de tudo isso é gerar oportunidade. Fazer com que nosso estado possa crescer, se desenvolver e gerar empregos”, destacou o governador Camilo Santana.
Para produzir o hidrogênio e o oxigênio verdes, a empresa vai utilizar 3,6 GW de energia limpa de fontes renováveis, que terá como matriz a produção do Parque Fotovoltaico Uruquê, de capacidade para produzir 2,4 GW de energia, a ser instalado nos municípios de Jaguaretama e Umari, e o Parque Eólico Offshore (que também teve seu memorando de entendimento assinado), com potencial de produção de 1,2 GW de energia, localizado em Camocim.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Maia Júnior, o Ceará partiu na frente nessa caminhada pela mudança de matriz energética e que, consequentemente, vai mudar o perfil econômico do estado. “Essa é uma notícia muito importante para todos nós, porque lideramos uma transição energética e estamos introduzindo na economia investimentos que vão gerar grandes oportunidades para os cearenses”, disse o titular da Sedet.
O Ceará vem se destacando por seus potenciais naturais e a infraestrutura criada para melhorar o campo dos negócios. Luis Eugenio Pontes, chefe executivo da Cactus Energia Verde e presidente do Parque Fotovoltaico Uruquê, confidenciou uma conversa que teve com um grande investidor internacional sobre a imagem do estado para o setor. “Essa semana tive um contato com um canadense que representa um dos maiores fundos de investimentos em energias renováveis e ouvi uma frase muito interessante dizendo que o Ceará ‘vai ser a OPEP das energias renováveis e limpas’. Fiquei surpreso e questionei ao que ele atribui isso. Ele falou do Porto do Pecém, da distância para a Europa, a questão das terras e o modelo de gestão do governador Camilo Santana. Achei muito expressivo e a gente fica muito seguro e honrado de participar desse momento”, comentou o empresário.