A economia cearense tem demonstrado recuperação. O Estado apresentou recentemente uma boa performance na atração de investimentos privados e tem mantido bons níveis de investimentos públicos. No mercado de trabalho, houve uma melhora no saldo de empregos formais, um importante sinal do reaquecimento econômico do Estado.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, no primeiro trimestre de 2018, fechou em 1,55% em relação a igual período de 2017. No acumulado dos quatro últimos trimestres a alta atinge 2,67%. Os números cearenses são superiores aos registrados no Brasil, na mesma relação, de 1,2% e 1,3%, respectivamente.
O Ceará virou referência para todo o país em relação ao equilíbrio nas contas e transparência. É o que apontou o Ranking de Competitividade dos Estados de 2017, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com o apoio da Tendências Consultoria Integrada e da Economist Intelligence Unit (EIU).
Conforme a publicação, o Ceará ocupa o primeiro lugar em “solidez fiscal”, tendo em vista seis indicadores financeiros. O indicador “capacidade de investimento” também é liderado pelo Ceará na avaliação.
Ainda em 2017, o Ceará figurou positivamente em estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Mais uma vez foi ocupada a primeira posição entre os estados com melhor situação fiscal.
O Fundo de Desenvolvimento Industrial é um fator primordial para proporcionar a atração de novas empresas, a sustentabilidade e o crescimento daquelas já existentes no Ceará, por meio da concessão de incentivos fiscais.
Projetos estruturantes, como os hubs aéreo, portuário e tecnológico, além dos polos industriais, da saúde e tecnológicos devem contribuir consideravelmente para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB) com o desenvolvimento do estado.
Hub aéreo
Com previsão de incrementar no Produto Interno Bruto (PIB) 0,79%, o projeto vai injetar R$ 1,05 bilhão na economia cearense garantindo a geração 80 mil empregos diretos e indiretos no Ceará, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – IPECE.
Hub portuário
Parceria entre Port of Rotterdam e Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S.A), com expectativa de dobrar a movimentação de cargas, passando dos atuais 15,8 milhões de toneladas atuais para 30 milhões de toneladas.
Hub tecnológico
Com o montante de US$ 300 milhões investidos pela multinacional de telecomunicações Angola Cables, o projeto prevê a geração de 40 empregos diretos e 800 indiretos por meio dos cabos de fibra ótica South Atlantic Cable System (Sacs) e do Monet.
Polo Industrial e Tecnológico da Saúde
Área de 23 hectares destinada à implantação de idústrias com modelo de desenvolvimento baseado na geração de conhecimento. Tem como âncora a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com investimento de R$ 180 milhões, e prevê um aporte de R$ 680 milhões para a fábrica de vacinas da Biomanguinhos. Indústrias instaladas no local contam com diferimento de até 99% do ICMS.
Viva@Porangabussu
Com investimento previsto de R$ 299 milhões, em janeiro de 2018, na cidade de Fortaleza, foi lançado o Distrito de Inovação em Saúde Viva@Porangabussu. O empreendimento conta com parceiros importantes como Amazon, Philips, IBM, Fundação do Dom Cabral, IASP (International Association of Science Parks and Areas of Innovation). Estudos socioeconômicos, projetos urbanos e sociais e ações estratégicas vêm sendo executadas de acordo com as diretrizes dos planos Fortaleza 2040 e Ceará 2050. O projeto pretende utilizar as áreas “Ciências da Vida” e “Tecnologias Médicas” para fomentar a cadeia produtiva da saúde no Ceará, melhorar os indicadores socioeconômicos, estimular o empreendedorismo e elevar o perfil da mão de obra existente no Ceará através de um espaço para se viver, aprender, trabalhar e empreender.
Polo Multissetorial Metalmecânico do Vale do Jaguaribe
Localizado em Tabuleiro do Norte, o local conta com 85,9 hectares de área total e investimento de R$ 9,2 milhões por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao Governo do Ceará. O equipamento será responsável por concentrar e impulsionar a assistência aos serviços automotivos de carga pesada e a produção industrial do setor na fabricação de insumos como peças, ferramentas, máquinas e equipamentos para os diversos setores produtivos de toda a região, com destaque para fruticultura, extrativismo, laticínio, apicultura e piscicultura.