No período de 1997 a 2019, portanto nos últimos 23 anos, as exportações cearenses cresceram 6,42 vezes, passado dos US$ 352 milhões (1997) para US$ 2,2 bilhões em 2019. O resultado do ano passado levou o Ceará a ocupar a 14º posição na pauta das exportações brasileiras dentre as 27 unidades da federação (26 estados e mais o Distrito Federal), com 1,01% de participação, registrando ganho em relação a 2018, quando o índice era de 0,98% das exportações do país. O índice de 1,01% é o melhor desde 2003. A boa notícia está no Ipece/Informe (nº 168 – fevereiro/2020) – Principais Mudanças Ocorridas no Comércio Exterior Cearense Dentro do Contexto Nacional e Regional Entre os Anos de 1997 e 2019.
O estudo, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), também revela que, como resultado do forte crescimento das exportações, a partir de 2015, a participação do Ceará em relação as demais estados nordestinos também aumentou, atingindo 13,68% da pauta da região, passando o Estado para a terceira colocação regional nos últimos três anos da série analisada. No entanto, em 2019, tanto as exportações como as importações cearenses – essas que também cresceram entre 1997 e 2019 – passaram por leves quedas, isso em relação a 2018.
De acordo com um dos autores do estudo, o analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcanti (a assessora técnica Ana Cristina Lima Maia e o bolsista Deusimar Filho também participaram do trabalho), o período que as exportações cearenses experimentaram a maior expansão ocorreu entre 2003 e 2006, quando foi registrado um crescimento médio anual de 15,2%, tendo registrada alta acumulada de 76,0% no período. Outro momento de forte expansão das vendas cearenses foi entre 2015 e 2018, quando foi verificado um crescimento médio anual de 12,4% e uma alta acumulada de 59,4% neste período.
A participação das exportações cearenses no Brasil – observa Alexsandre Lira – oscilou e ao longo dos anos (1997 a 2019), entre um máximo de 1,04%, em 2003 e um mínimo de 0,52%, em 2012. “Contudo, a partir de 2015, é notória a trajetória consistente de ganho de participação na pauta de exportações nacionais saindo de 0,55%, para 1,01% em 2019, como resultado das exportações de produtos metalúrgicos”. A melhor posição do estado ocorreu em 1999 e 2003, quando atingiu a 13º posição. Com relação as exportações nordestinas, a Bahia liderou as exportações, com participação de 48,48% do total, seguido pelas vendas do Maranhão (20,93%); Ceará (13,68%) e Pernambuco (8,39%). A participação conjunta desses quatro estados foi de 91,48% do total exportado pela região em 2019.
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