O volume de novos investimentos no Ceará por parte da iniciativa privada foi de R$ 29,5 bilhões nos últimos 10 anos. O montante representa o acumulado aportado por 295 empresas incentivadas pelo Estado por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI). Os números fazem parte de um levantamento realizado pela Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), que ainda aponta que o Ceará assinou, de 2015 a 2021, 344 protocolos de intenções que devem atrair mais de R$ 116 bilhões em investimentos privados e gerar mais de 57 mil empregos diretos nos próximos 10 anos.
Os investimentos anuais atraídos com a implantação de novas empresas quintuplicou de 2015 a 2021 no Estado. “Mesmo diante dos desafios apresentados pela pandemia de Covid-19, os dois últimos anos apresentaram números positivos para o Ceará. Isso é reflexo de uma nova configuração do processo de atração de investimentos, que está alinhada com as novas diretrizes estabelecidas pelo planejamento estratégico do Estado, detalhados pelo Ceará Veloz 3.0, para o contexto pós-pandemia”, explica o presidente da Adece, Francisco Rabelo. Em 2020, o Estado registrou R$ 165,70 milhões em aportes privados. Já em 2021, o montante subiu para R$ 819,45 milhões.
Parte de tais resultados está atrelada a nova dinâmica de operacionalização do FDI, estabelecida pela implantação da Lei nº 17.360/2020. Entre as mudanças trazidas pela nova legislação, o Fundo deixa de se voltar prioritariamente para atividades ligadas ao setor industrial e passa a agregar atividades de setores como agricultura, indústria, inovação, comércio e serviços. A nova lei também alterou a nomeclatura do Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (CEDIN), que passou a ser denominado de Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (CONDEC).
O lançamento do Hub de Hidrogênio Verde no Ceará, no início de 2021, marca o início de um novo capítulo da economia cearense, que vem despertando o interesse de diversas empresas nacionais e estrangeiras. Com previsão de instalação do hub no Complexo do Pecém, o Governo do Ceará visa reduzir a emissão de poluentes com novos investimentos e ampliar as oportunidades de negócios e geração de empregos, para assim impulsionar a economia do Estado.
No ano passado, o Estado assinou 14 protocolos de intenções ligados a modalidade de hidrogênio verde, que juntas preveem o investimento de mais de R$ 79 bilhões nos próximos anos. Tais protocolos se somam a outras políticas públicas que vêm viabilizando a criação de uma economia mais sustentável no Estado. “Estas mudanças seguem o movimentos atuais da economia mundial e têm o objetivo de atrair para o Estado empresas mais tecnológicas e preocupadas com as questões de sustentabilidade ambiental e social”, acrescenta Rabelo.
No que se refere aos incentivos executados no Estado, o Programa de Atração de Empreendimentos Estratégicos (PROADE) é o que possui maior volume de investimentos privados no Ceará, com mais de R$ 9,687 bilhões aportados nos últimos sete anos. O Incentivo da Cadeia Produtiva Geradora de Energias Renováveis (PIER) vem em segundo com um acumulado de cerca de R$ 750 milhões em investimentos. Em terceiro vem o Programa de Incentivos ao Desenvolvimento Industrial (PROVIN), com quase R$ 549 milhões.